De Varanasi para Calcutá

Saudações das margens do Ganges!

O Toni e eu estamos na terra natal do Sr. Chatterjee, Serampore, mesmo ali ao longo do rio, perto de Calcutá.
Na semana passada contei-te sobre o nosso último dia no Nepal, quando recebemos a bênção Tika e depois viajámos para Varanasi com a Buddha Air. Se perdeste essa parte, podes ver tudo aqui.


Varanasi é muito húmida, caótica, movimentada e barulhenta como tudo, com vacas sagradas por todo o lado mas, apesar de tudo isso, está surpreendentemente limpa e arrumada! Fiquei agradavelmente surpreendido. Além disso, encontrámos pessoas muito abertas e simpáticas, e em momento algum sentimos-nos incomodados ou cercados por pedintes.

Fomos à procura da seda de Varanasi, seda verdadeira… Porque é realmente algo especial quando se consegue encontrar. Hoje em dia, o poliéster foi tão aperfeiçoado que é difícil distinguir a diferença (pelo menos quando é novo), e os comerciantes nas zonas mais turísticas da Índia costumam vender seda falsa por causa do grande lucro que conseguem obter. No entanto, há algo de verdadeiramente especial na seda autêntica de Varanasi.


Tem aquele ar de “bilionário”. E o Toni consegue usá-lo na perfeição.

O Sr. Chatterjee levou-nos a conhecer um comerciante, bem no meio dos becos do mercado, não muito longe do Ganges. Depois da nossa conversa, ele sugeriu que fôssemos até ao seu armazém, a apenas cinco minutos a pé.
Lá fomos nós, por becos estreitíssimos, debaixo de uma autêntica tempestade de monção, e tivemos de nos espremer para passar ao lado de uma vaca enorme ou seria um touro? — com um ar nada amigável…



As coisas que temos de fazer pela AW!

Bem, sobrevivemos para contar a história.
Mais tarde, depois de várias reuniões com comerciantes de seda, encontrámos um pequeno negócio familiar com uma ligação muito próxima a todo o processo de produção. Como acontece com quase todos os produtos artesanais, diferentes partes do processo são realizadas por pessoas diferentes desde a criação do bicho-da-seda aos teares, da casa de tingimento à oficina de costura e acabamento. Queríamos ver o máximo possível desse processo.

Mas foi muito mais difícil do que pensávamos, os comerciantes fizeram-nos andar em círculos (tentando despachar-nos para aquelas “atrações turísticas” tipo museu) mas acabámos por chegar ao verdadeiro coração do bairro dos teares de seda, onde descobrimos teares antigos em pequenas oficinas familiares escondidas nos becos, apertadas em espaços quase impossíveis. Os artesãos ficaram de olhos arregalados, felizes por ver estrangeiros interessados, e foram incrivelmente simpáticos e orgulhosos em mostrar as suas habilidades. Acho que tenho conteúdo suficiente para um vídeo do YouTube, vou carregar alguma coisa assim que tiver oportunidade.


A seda é tão Ancient Wisdom quanto possível, desde os tempos das rotas da seda, de Marco Polo e de toda essa história lendária.

De Varanasi, apanhámos um comboio para uma pequena cidade chamada Kaderma, literalmente no meio do nada, entre Varanasi e Calcutá.
Fomos visitar o dono de uma mina de pedras preciosas que nos tinha prometido mostrar uma mina verdadeira. E não era nada do que eu estava à espera.
Conto-te tudo sobre isso na próxima semana.

Entretanto, na UE, está tudo a acontecer. Muito novo stock a chegar e ainda mais a caminho.

E algo grande está prestes a acontecer na Ancient Wisdom... muito grande. Fica atento!

Ah, e não percas o novo vídeo da Holly no YouTube — “Consegues Vnder Isto?” — dá uma espreitadela aqui!



Enfim, Namastê da Índia! 
Estamos prestes a embarcar num voo de Calcutá para Deli. Mais novidades na próxima semana.

Paz e felicidade,

David


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